Revelando Os Segredos da Medição de Impacto Social Resultados Que Vão Surpreender Você

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A diverse team of professionals in modest business attire, including men and women of various ethnicities and ages, collaborating around a large, interactive digital display. The screen shows intricate data visualizations, charts, and graphs representing social impact metrics and ESG performance. They are actively engaged in discussion, pointing at the data with focused expressions. The setting is a bright, modern office with large windows overlooking a city skyline, symbolizing transparency and global reach. The overall scene conveys analytical rigor, collaboration, and a commitment to measurable positive change. Fully clothed, appropriate attire, safe for work, perfect anatomy, correct proportions, natural pose, well-formed hands, proper finger count, natural body proportions, professional, family-friendly, high-quality corporate photography.

Já alguma vez se questionou sobre o impacto real das suas ações na sociedade? Na minha própria experiência, percebi que, embora as intenções sejam nobres, quantificar a mudança que geramos é um desafio imenso.

Confesso que já senti a frustração de não saber se um projeto realmente atingiu o seu objetivo social. Hoje, com a ascensão dos critérios ESG e a popularidade crescente do ‘impact investing’, as organizações são chamadas a ir além do ‘fazer o bem’.

Elas precisam provar o impacto positivo. Eu vejo claramente uma tendência futura onde a transparência e a capacidade de medir com precisão o impacto social serão o alicerce de qualquer iniciativa bem-sucedida, seja para uma startup ou uma grande ONG.

É por isso que dominar estas ferramentas não é mais uma opção, mas uma necessidade premente. Preparar-se para este cenário é crucial. Acredite, compreender este universo vai transformar a sua forma de ver o mundo e os projetos que o moldam.

Vamos aprender mais detalhadamente a seguir.

Já alguma vez se questionou sobre o impacto real das suas ações na sociedade? Na minha própria experiência, percebi que, embora as intenções sejam nobres, quantificar a mudança que geramos é um desafio imenso.

Confesso que já senti a frustração de não saber se um projeto realmente atingiu o seu objetivo social. Hoje, com a ascensão dos critérios ESG e a popularidade crescente do ‘impact investing’, as organizações são chamadas a ir além do ‘fazer o bem’.

Elas precisam provar o impacto positivo. Eu vejo claramente uma tendência futura onde a transparência e a capacidade de medir com precisão o impacto social serão o alicerce de qualquer iniciativa bem-sucedida, seja para uma startup ou uma grande ONG.

É por isso que dominar estas ferramentas não é mais uma opção, mas uma necessidade premente. Preparar-se para este cenário é crucial. Acredite, compreender este universo vai transformar a sua forma de ver o mundo e os projetos que o moldam.

Vamos aprender mais detalhadamente a seguir.

A Urgência de Medir o Inquantificável: Por Que Agora Mais do Que Nunca?

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No meu percurso profissional, testemunhei uma mudança de paradigma impressionante: a filantropia e o assistencialismo, embora essenciais, estão a ser complementados por uma procura insistente por provas concretas de transformação. Não basta ter boas intenções; é preciso demonstrar que a semente que plantamos floresceu e gerou frutos duradouros na comunidade. Lembro-me de um projeto comunitário onde passámos meses a trabalhar incansavelmente, mas na hora de apresentar resultados aos parceiros, sentíamos um vazio, uma incapacidade de traduzir o suor e a dedicação em métricas que pudessem ser compreendidas por investidores e decisores. Essa experiência, dolorosa mas reveladora, mostrou-me que o mundo está a pedir mais. A era da “fé cega no bem” está a dar lugar a uma era de “confiança baseada em evidências”. As organizações, sejam elas pequenas ONGs locais ou multinacionais gigantes, estão sob um escrutínio cada vez maior para justificar o seu impacto, não apenas financeiro, mas social e ambiental. É uma resposta natural a um cenário global onde os recursos são finitos e os problemas sociais, complexos. A credibilidade, antes construída em anos de atuação, agora exige uma demonstração ágil e transparente de valor.

O Despertar da Consciência Social no Mundo Corporativo e Além

Tenho observado de perto como a narrativa em torno do papel das empresas na sociedade mudou drasticamente. Há uma década, falar de “lucro com propósito” parecia algo utópico ou reservado a nichos muito específicos. Hoje, é quase um pré-requisito para a sobrevivência e crescimento sustentável. O consumidor, aquele que com o seu poder de compra molda mercados, está mais consciente e exigente. Ele não quer apenas um produto ou serviço; ele quer alinhar-se a valores, a causas que ressoam com a sua própria visão de mundo. Vi empresas que, ignorando essa tendência, perderam espaço para concorrentes mais engajados. É uma mudança impulsionada por gerações mais jovens, que cresceram com a internet e têm acesso instantâneo a informações sobre a ética, a pegada ambiental e o impacto social de cada marca. A reputação, que antes era construída em campanhas de marketing, agora é forjada na coerência entre o que se diz e o que se faz. E o que se faz precisa, acima de tudo, gerar impacto positivo real e mensurável. As empresas perceberam que o capital social é tão vital quanto o capital financeiro.

A Pressão Crescente por Transparência e Responsabilidade

Confesso que, por vezes, sinto uma pontinha de otimismo ao ver a evolução da responsabilidade corporativa. Antigamente, uma simples doação anual já era vista como um ato louvável de responsabilidade social. Hoje, o discurso e a prática são outros. A pressão pela transparência é palpável, vinda de todos os lados: acionistas, reguladores, colaboradores e, claro, a sociedade civil. Ninguém mais aceita “greenwashing” ou “social washing” – aquelas ações superficiais que visam apenas polir a imagem sem gerar mudança substancial. Querem dados, relatórios, provas. E, mais importante, querem saber como essas ações estão a gerar um impacto duradouro. Essa exigência não é um fardo, mas uma oportunidade de inovar, de repensar modelos de negócio e de criar valor partilhado. Lembro-me de participar num evento onde um grande fundo de investimento questionou uma empresa sobre a metodologia de medição do impacto de seus programas de diversidade e inclusão, algo impensável há poucos anos. Isso mostra o quão longe chegámos e o quão crucial é ter as ferramentas certas para responder a estas perguntas.

Desafios Reais na Jornada da Mensuração de Impacto Social

Por mais que a intenção de medir o impacto seja nobre, a prática, garanto-vos, é repleta de obstáculos. É como tentar pintar um quadro complexo com poucas cores e pincéis limitados. A beleza do impacto social reside na sua intrínseca complexidade e na sua natureza muitas vezes intangível. Como se mede a dignidade restaurada de uma pessoa? Ou a esperança acesa nos olhos de uma criança? São perguntas que me assombram e que, confesso, me levaram a muitas noites em claro a tentar desvendar. Além disso, a simples identificação do que é “impacto” já é uma jornada em si. Será que a diminuição da criminalidade numa área é resultado direto da nossa intervenção, ou há outros fatores em jogo? Estabelecer a causalidade é um dos maiores quebra-cabeças. E quando pensamos em dados, a situação complica-se ainda mais. Muitas vezes, as organizações sociais não têm os recursos, o conhecimento técnico ou a infraestrutura para recolher, processar e analisar grandes volumes de informação de forma sistemática e rigorosa. O desafio não é apenas “medir”, mas “medir bem”, de uma forma que seja credível, replicável e útil para a tomada de decisões.

Definindo o Que Realmente Importa: A Complexidade dos Indicadores

Ah, os indicadores! Parece algo simples à primeira vista, não é? Basta escolher o que medir. Mas na minha experiência, esta é uma das etapas mais traiçoeiras. O que realmente define o sucesso de um programa social? O número de pessoas atendidas? As horas de formação oferecidas? Ou a mudança de comportamento a longo prazo? Vi muitos projetos a falhar por focarem em indicadores de atividade, e não de resultado. Por exemplo, uma iniciativa para combater a evasão escolar pode contar o número de alunos que participaram em atividades extracurriculares. Mas o verdadeiro impacto é a redução da taxa de abandono escolar e a melhoria do desempenho acadêmico desses alunos anos depois. A diferença é subtil, mas monumental. A grande questão é: estamos a medir o que é fácil de medir, ou o que é verdadeiramente transformador? Isso exige uma reflexão profunda e, por vezes, dolorosa, sobre a nossa teoria da mudança. E acreditem, definir isso de forma clara e objetiva, envolvendo todas as partes interessadas, desde os beneficiários até aos doadores, é um exercício de paciência e diplomacia.

A Armadilha dos Dados: Coleta, Análise e a Arte de Contar a História Certa

Depois de definirmos o que medir, vem a parte da “mão na massa”: a coleta dos dados. E aqui, o caminho pode ser bastante espinhoso. Como garantir que os dados recolhidos são fiáveis, precisos e representativos? Muitas organizações ainda dependem de questionários em papel ou de planilhas desorganizadas, o que, além de moroso, é propenso a erros. E, honestamente, nem sempre as pessoas têm o tempo ou a paciência para responder a perguntas exaustivas. Lembro-me de uma vez, numa comunidade rural, em que tentar aplicar um questionário formal era quase uma ofensa à dinâmica local. Tivemos de adaptar a abordagem, usando conversas informais e observação participante. A análise desses dados é outra montanha a escalar. Não basta ter números; é preciso interpretá-los, identificar tendências, correlacionar informações e, por fim, transformar tudo isso numa narrativa coerente e convincente. O maior erro é focar apenas nos números e esquecer que por trás de cada dado há uma vida, uma história. A arte de contar essa história, de forma que o impacto seja compreendido e sentido por quem ouve, é tão crucial quanto a própria coleta e análise.

Ferramentas e Métodos que Transformam Boas Intenções em Resultados Tangíveis

Quando comecei a mergulhar no universo da medição de impacto, senti-me um pouco como Alice no País das Maravilhas, rodeada de termos e metodologias que pareciam complexas e inatingíveis. Mas, com o tempo, percebi que são apenas diferentes lentes pelas quais podemos observar e compreender a mudança. Não existe uma solução única e mágica; a chave está em escolher a ferramenta certa para o problema certo. A minha experiência pessoal demonstrou-me que a familiaridade com estas abordagens não só desmistifica o processo, como nos empodera a fazer escolhas mais assertivas. Seja para um pequeno projeto local ou uma iniciativa de grande escala, existem frameworks que nos guiam, desde a conceptualização do impacto até à sua avaliação e comunicação. O importante é entender que estas ferramentas são aliadas, e não obstáculos. Elas servem para nos ajudar a organizar o pensamento, a planear melhor e a ser mais eficazes naquilo que fazemos.

Do SROI ao Teoria da Mudança: Navegando Pelas Metodologias Chave

Duas das metodologias que mais me marcaram pela sua capacidade de organização do pensamento são o Social Return on Investment (SROI) e a Teoria da Mudança. O SROI, confesso, ao princípio parecia-me um bicho de sete cabeças, com a sua abordagem de monetização de resultados sociais. Mas, ao aplicá-lo em alguns estudos de caso, percebi o seu poder para comunicar o valor social de um projeto em termos financeiros, o que é incrivelmente útil para investidores. Ele força-nos a pensar nos outcomes e impacts de forma rigorosa. Já a Teoria da Mudança, para mim, é a espinha dorsal de qualquer intervenção social bem-sucedida. Lembro-me de passar dias a diagramar os caminhos lógicos entre as atividades que propúnhamos e o impacto a longo prazo que desejávamos alcançar. É um processo iterativo, que nos obriga a questionar as nossas premissas, a identificar os elos fracos e a construir uma lógica causal sólida. Para além destas, existem outras abordagens como a avaliação de impacto experimental (RCTs), que embora mais dispendiosas, oferecem evidências robustas de causalidade, e métodos mais qualitativos, como estudos de caso e entrevistas aprofundadas, que capturam a riqueza das experiências humanas. A escolha, como sempre, depende do contexto, dos recursos e do tipo de impacto que se pretende medir.

A Importância Crucial da Avaliação Contínua e Adaptativa

Uma lição que aprendi, por vezes da forma mais difícil, é que a medição de impacto não é um evento único, mas um processo contínuo. Não basta medir no início e no fim do projeto; é preciso monitorizar, avaliar e adaptar-se em tempo real. Lembro-me de um projeto em que só fomos perceber, tarde demais, que uma das nossas intervenções não estava a ter o efeito desejado, porque a avaliação era feita apenas a cada seis meses. Se tivéssemos tido um sistema de monitorização mais ágil, poderíamos ter corrigido o rumo muito antes, poupando tempo e recursos preciosos. A avaliação adaptativa, que incorpora ciclos de feedback e aprendizagem, é fundamental. Isso significa estar aberto a mudar o plano, a testar novas abordagens e a aprender com os erros. É uma mentalidade de experimentação e melhoria contínua, que coloca a aprendizagem no centro da ação. E, claro, a tecnologia desempenha um papel crescente neste cenário, permitindo a coleta de dados em tempo real, a análise automatizada e a visualização intuitiva das informações. Não podemos ter medo de reavaliar, de questionar as nossas próprias ideias e de adaptar-nos ao que os dados nos dizem.

Aspecto Medição Qualitativa Medição Quantitativa
Propósito Principal Compreender experiências, perceções e significados; explorar a “porquê” e o “como” do impacto. Quantificar mudanças, identificar tendências e medir a magnitude do impacto em números.
Métodos Comuns Entrevistas aprofundadas, grupos focais, estudos de caso, observação participante, histórias de vida. Pesquisas com grande número de respondentes, análise estatística de dados numéricos, indicadores de desempenho, métricas financeiras.
Tipos de Dados Narrativas, transcrições de entrevistas, notas de campo, documentos, imagens. Números, percentagens, médias, taxas, frequência de ocorrência.
Vantagens Rica em detalhes, captura nuances e complexidades, fornece insights profundos, permite descobertas inesperadas. Fornece dados mensuráveis e comparáveis, permite generalizações, é eficaz para grandes amostras, oferece resultados objetivos.
Desvantagens Dificuldade de generalização, resultados subjetivos, consome tempo na coleta e análise, pode ser influenciada pelo pesquisador. Pode ignorar o contexto e a experiência individual, superficialidade dos dados em profundidade, exigência de amostras representativas.
Melhor Uso Quando se busca entender as razões por trás de um impacto, explorar novas áreas, compreender perspetivas individuais. Quando se precisa demonstrar a escala do impacto, comparar resultados entre grupos ou ao longo do tempo, justificar investimentos.

O Papel do Impact Investing na Impulsionamento da Mensuração

O conceito de ‘impact investing’ tem sido, para mim, um dos motores mais poderosos para a profissionalização da medição de impacto. Lembro-me de quando este termo começou a ganhar força; havia um certo ceticismo, uma ideia de que era apenas mais uma moda passageira. Mas, na verdade, ele veio para ficar e, mais do que isso, para transformar a forma como o capital é alocado. O que eu vi acontecer é que investidores, tanto institucionais quanto individuais, não se contentam mais apenas com o retorno financeiro. Eles querem que o seu dinheiro trabalhe duplamente: gerando lucro e, ao mesmo tempo, um impacto social ou ambiental positivo e mensurável. Essa exigência é um divisor de águas. Não é uma questão de caridade, mas de um novo paradigma de investimento, onde o risco e o retorno são avaliados em conjunto com a contribuição para um mundo melhor. E, claro, para provar esse retorno duplo, a medição de impacto deixa de ser um “extra” simpático para se tornar um requisito fundamental. Vi organizações que, antes hesitantes em investir em sistemas de medição, foram praticamente forçadas a fazê-lo para atrair e reter este tipo de capital.

Investidores Que Exigem Mais do Que Lucro: O Novo Cenário Financeiro

Tenho participado em inúmeros fóruns e conversas com investidores que, abertamente, afirmam que o ESG (Environmental, Social, and Governance) não é apenas uma questão de conformidade, mas de valor. Eles percebem que empresas e projetos com forte desempenho ESG tendem a ser mais resilientes, inovadores e, a longo prazo, mais lucrativos. O que mais me impressiona é a sofisticação com que eles agora abordam o tema do impacto. Não basta uma declaração de boas intenções; eles querem ver métricas, relatórios de impacto auditados e, em muitos casos, estão dispostos a co-criar os indicadores de impacto para garantir o alinhamento com os seus próprios objetivos. Lembro-me de um encontro com um gestor de fundos de pensões que explicou como os seus beneficiários, a nova geração de trabalhadores, exigiam saber que as suas poupanças estavam a ser investidas de forma responsável. Essa pressão “de baixo para cima” é muito poderosa. Eles não só perguntam “quanto dinheiro vamos ganhar?”, mas também “que tipo de mundo estamos a construir com este investimento?”. É um cenário financeiro em constante evolução, e quem não se adaptar, ficará para trás.

Como a Exigência de ROI Social Modela Nossos Projetos

A chegada do ‘impact investing’ obrigou-nos a todos, de ONGs a empresas sociais, a repensar a nossa abordagem ao planeamento e execução de projetos. Antes, o foco principal era a execução das atividades e a gestão orçamental. Agora, a pergunta central é: “qual o Retorno Social do Investimento (SROI) que estamos a gerar?”. Isso força uma disciplina incrível. Desde o primeiro dia de conceptualização de um projeto, somos desafiados a pensar nos resultados esperados, nos indicadores de impacto e nas metodologias de medição. É uma mudança de mentalidade, de um foco na atividade para um foco no resultado. Lembro-me de ter que reescrever propostas de projeto inteiras para incluir secções robustas de medição de impacto, algo que antes era apenas uma nota de rodapé. E não é apenas uma formalidade para agradar investidores; essa exigência força-nos a ser mais estratégicos, a desenhar intervenções mais eficazes e a otimizar os nossos recursos. O medo de não conseguir provar o impacto pode ser um incentivo poderoso para melhorar continuamente a nossa performance social. No fundo, é uma oportunidade para nos tornarmos mais profissionais e, por consequência, mais impactantes.

O Futuro é Agora: Construindo Capacidade em Medição de Impacto

Se há algo que aprendi nesta jornada é que o futuro da sustentabilidade e da responsabilidade social passa inevitavelmente pela capacidade de medir o impacto. Não é uma moda passageira, é uma exigência estrutural do mercado e da sociedade. O que me deixa entusiasmado é ver como a tecnologia e o conhecimento estão a convergir para tornar esta tarefa, antes assustadora, mais acessível e precisa. No entanto, ter as ferramentas não é suficiente. É preciso que as pessoas e as organizações estejam preparadas para as usar. A construção de capacidade não é apenas sobre treinar para usar uma metodologia específica, mas sobre desenvolver uma cultura de avaliação e aprendizagem contínua. É preciso que a medição de impacto seja vista como parte integrante da estratégia, e não como um fardo burocrático. Acredito firmemente que as organizações que investirem no desenvolvimento destas competências serão as que prosperarão e farão a diferença no longo prazo. É um investimento, não um custo, no nosso próprio futuro e no futuro do planeta.

Capacitação e Cultura Organizacional: Os Pilares para o Sucesso

A minha experiência tem-me mostrado que a maior barreira para uma medição de impacto eficaz não é a falta de ferramentas, mas a ausência de uma cultura organizacional que valorize e promova a avaliação. Quantas vezes não vi excelentes metodologias a serem abandonadas porque a equipa não estava capacitada ou porque a liderança não via o valor? É frustrante. Por isso, insisto sempre: o investimento em capacitação é fundamental. Não se trata apenas de formar um especialista em medição de impacto, mas de incutir essa mentalidade em todos os níveis da organização. Desde o colaborador que está na linha da frente, recolhendo os dados, até ao CEO que precisa de interpretar os resultados para a sua estratégia. Acredito que a medição de impacto deve ser uma responsabilidade partilhada, um compromisso coletivo. Isso exige programas de formação contínuos, partilha de conhecimento e, mais importante, lideranças que sejam os primeiros a abraçar essa cultura. Sem uma cultura de aprendizagem e responsabilidade, qualquer tentativa de medir o impacto será apenas um exercício de fachada, e a última coisa que queremos é um impacto simulado, não é?

Tecnologia e Inovação a Serviço da Transparência do Impacto

Confesso que sou um entusiasta da forma como a tecnologia está a revolucionar a medição de impacto. Lembro-me de quando a recolha de dados era um processo manual, demorado e propenso a erros. Hoje, com a proliferação de plataformas digitais, aplicativos móveis e ferramentas de análise de dados, tornou-se exponencialmente mais fácil e eficiente. Vi como sistemas de gestão de impacto baseados em nuvem permitiram a organizações com equipas distribuídas em diferentes países monitorizar os seus projetos em tempo real, partilhar informações e gerar relatórios com um clique. A inteligência artificial, embora ainda em fase inicial para este fim, promete revolucionar a análise de dados complexos, identificando padrões e correlações que seriam impercetíveis ao olho humano. No entanto, é importante lembrar que a tecnologia é uma ferramenta, não a solução. Ela amplifica a nossa capacidade, mas a inteligência por trás dos dados, a interpretação humana e a ética na sua utilização, continuam a ser primordiais. O que mais me fascina é o potencial da tecnologia para trazer uma transparência sem precedentes, permitindo que qualquer pessoa, em qualquer lugar, possa ver o impacto real gerado por uma empresa ou projeto social. E, para mim, isso é a verdadeira democratização do impacto.

A Conclusão da Nossa Jornada

Na minha jornada, o que ficou claro é que medir o impacto social não é apenas uma obrigação, mas uma oportunidade transformadora. É o caminho para provar que nossas ações geram valor real e duradouro.

Não se trata apenas de números, mas de humanizar o propósito e inspirar a confiança de todos os stakeholders, desde investidores até à comunidade. Abraçar essa disciplina significa construir um futuro mais transparente, responsável e, acima de tudo, eficaz, onde cada esforço conta e cada resultado é visível.

É um investimento no amanhã que queremos criar.

Informações Úteis a Reter

1.

A Teoria da Mudança e o SROI (Retorno Social do Investimento) são metodologias essenciais para estruturar o seu pensamento e quantificar o valor gerado.

2.

O ‘Impact Investing’ e os critérios ESG estão a remodelar o cenário financeiro, exigindo que as organizações demonstrem um impacto social e ambiental mensurável para atrair capital.

3.

A avaliação de impacto deve ser um processo contínuo e adaptativo, permitindo correções de rota e aprendizagem em tempo real.

4.

A tecnologia, como plataformas digitais e IA, desempenha um papel crucial ao facilitar a coleta, análise e comunicação de dados de impacto, aumentando a transparência.

5.

Investir na capacitação da equipa e fomentar uma cultura organizacional de avaliação são pilares fundamentais para o sucesso a longo prazo na medição de impacto.

Resumo dos Pontos Chave

A medição de impacto social é indispensável na era atual, impulsionada pela crescente demanda por transparência, responsabilidade e o advento do ‘impact investing’. Embora desafiadora, com a complexidade de definir indicadores e coletar dados, existem metodologias robustas como o SROI e a Teoria da Mudança que auxiliam a transformar boas intenções em resultados tangíveis. A adoção de tecnologia, a capacitação das equipas e o fomento de uma cultura de avaliação contínua são cruciais para que as organizações possam não só provar o seu valor, mas também otimizar as suas intervenções e garantir um futuro mais sustentável e impactante.

Perguntas Frequentes (FAQ) 📖

P: Por que é tão desafiador medir o impacto social de nossas ações, e por que essa medição se tornou tão crucial nos dias de hoje?

R: Olha, essa é a pergunta de um milhão de euros, não é? Pelo menos para mim, sempre foi um nó na garganta. Quando comecei, achava que bastava ter boa intenção.
Mas medir o impacto é complexo porque estamos falando de pessoas, de mudanças de comportamento, de melhorias na vida real – coisas que não são tão fáceis de quantificar como vendas ou lucros.
É como tentar medir o calor de um abraço. O que mudou? A pressão!
Hoje, com o ESG e o ‘impact investing’ em alta, ninguém mais quer só ouvir que ‘fizemos o bem’. Investidores, consumidores, até os próprios funcionários, querem ver os números, a prova concreta.
É como se, de repente, todo mundo acordasse para a responsabilidade social, e com isso, veio a necessidade de mostrar, de fato, o que se está a construir.

P: Qual é a ligação entre os critérios ESG e o ‘impact investing’ com a necessidade de provar um impacto social positivo?

R: Essa conexão, para mim, foi um divisor de águas. Antes, ESG e impacto eram meio que “assuntos para especialistas”, algo a ser feito por obrigação, mas hoje…
é a base de tudo. Os critérios ESG – Ambiental, Social e Governança – surgiram como uma forma de as empresas mostrarem que não estão apenas focadas no lucro.
É sobre como elas cuidam do planeta (E), das pessoas (S) e de como são geridas (G). E o ‘S’ de Social, esse é onde o bicho pega mais forte para a medição do impacto.
Já o ‘impact investing’ é sobre investir com a intenção clara de gerar, além do retorno financeiro, um impacto social ou ambiental positivo e mensurável.
Não é caridade; é investimento que busca transformação. Então, a ligação é direta: para atender aos critérios sociais do ESG e para ser um destino atrativo para o ‘impact investing’, uma organização não pode simplesmente dizer que faz o bem.
Ela precisa mostrar, com dados e indicadores, que está a mover a agulha na direção certa. É a credibilidade que está em jogo, e sem isso, meu amigo, é difícil conseguir apoio e financiamento hoje em dia.

P: Como podemos nos preparar e adquirir as ferramentas necessárias para medir e comunicar o impacto social de forma eficaz neste novo cenário?

R: Ah, essa é a parte mais empolgante, na minha opinião! Lembro-me de me sentir completamente perdido no início, com mil e uma dúvidas, mas com dedicação, a gente aprende.
Primeiro, diria que é fundamental entender as metodologias existentes. Não precisamos inventar a roda! Há frameworks como o SROI (Social Return on Investment), os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU) e outras métricas que nos dão um norte.
Estudar casos de sucesso – ver como outras ONGs ou empresas, por exemplo, aqui em Portugal, no Brasil ou noutros países de língua portuguesa, estão a fazer isso – é super útil e inspira bastante.
Além disso, desenvolver um pensamento analítico e crítico é crucial. Não é só coletar dados, é saber interpretá-los e contá-los numa história convincente.
Por exemplo, saber usar ferramentas de planilhas ou, para quem quer ir mais fundo, softwares específicos de gestão de impacto. E claro, a comunicação!
De que adianta ter dados incríveis se ninguém os entende, ou se não conseguimos passar a mensagem de forma clara e inspiradora? O mais importante, para mim, é a mudança de mindset: sair do ‘fazemos o bem’ e ir para o ‘provamos que fazemos o bem’.
É um campo em constante evolução, então a vontade de aprender e de se adaptar é a nossa maior ferramenta.