Já alguma vez se questionou sobre o impacto real das suas ações na sociedade? Na minha própria experiência, percebi que, embora as intenções sejam nobres, quantificar a mudança que geramos é um desafio imenso.
Confesso que já senti a frustração de não saber se um projeto realmente atingiu o seu objetivo social. Hoje, com a ascensão dos critérios ESG e a popularidade crescente do ‘impact investing’, as organizações são chamadas a ir além do ‘fazer o bem’.
Elas precisam provar o impacto positivo. Eu vejo claramente uma tendência futura onde a transparência e a capacidade de medir com precisão o impacto social serão o alicerce de qualquer iniciativa bem-sucedida, seja para uma startup ou uma grande ONG.
É por isso que dominar estas ferramentas não é mais uma opção, mas uma necessidade premente. Preparar-se para este cenário é crucial. Acredite, compreender este universo vai transformar a sua forma de ver o mundo e os projetos que o moldam.
Vamos aprender mais detalhadamente a seguir.
Já alguma vez se questionou sobre o impacto real das suas ações na sociedade? Na minha própria experiência, percebi que, embora as intenções sejam nobres, quantificar a mudança que geramos é um desafio imenso.
Confesso que já senti a frustração de não saber se um projeto realmente atingiu o seu objetivo social. Hoje, com a ascensão dos critérios ESG e a popularidade crescente do ‘impact investing’, as organizações são chamadas a ir além do ‘fazer o bem’.
Elas precisam provar o impacto positivo. Eu vejo claramente uma tendência futura onde a transparência e a capacidade de medir com precisão o impacto social serão o alicerce de qualquer iniciativa bem-sucedida, seja para uma startup ou uma grande ONG.
É por isso que dominar estas ferramentas não é mais uma opção, mas uma necessidade premente. Preparar-se para este cenário é crucial. Acredite, compreender este universo vai transformar a sua forma de ver o mundo e os projetos que o moldam.
Vamos aprender mais detalhadamente a seguir.
A Urgência de Medir o Inquantificável: Por Que Agora Mais do Que Nunca?
No meu percurso profissional, testemunhei uma mudança de paradigma impressionante: a filantropia e o assistencialismo, embora essenciais, estão a ser complementados por uma procura insistente por provas concretas de transformação. Não basta ter boas intenções; é preciso demonstrar que a semente que plantamos floresceu e gerou frutos duradouros na comunidade. Lembro-me de um projeto comunitário onde passámos meses a trabalhar incansavelmente, mas na hora de apresentar resultados aos parceiros, sentíamos um vazio, uma incapacidade de traduzir o suor e a dedicação em métricas que pudessem ser compreendidas por investidores e decisores. Essa experiência, dolorosa mas reveladora, mostrou-me que o mundo está a pedir mais. A era da “fé cega no bem” está a dar lugar a uma era de “confiança baseada em evidências”. As organizações, sejam elas pequenas ONGs locais ou multinacionais gigantes, estão sob um escrutínio cada vez maior para justificar o seu impacto, não apenas financeiro, mas social e ambiental. É uma resposta natural a um cenário global onde os recursos são finitos e os problemas sociais, complexos. A credibilidade, antes construída em anos de atuação, agora exige uma demonstração ágil e transparente de valor.
O Despertar da Consciência Social no Mundo Corporativo e Além
Tenho observado de perto como a narrativa em torno do papel das empresas na sociedade mudou drasticamente. Há uma década, falar de “lucro com propósito” parecia algo utópico ou reservado a nichos muito específicos. Hoje, é quase um pré-requisito para a sobrevivência e crescimento sustentável. O consumidor, aquele que com o seu poder de compra molda mercados, está mais consciente e exigente. Ele não quer apenas um produto ou serviço; ele quer alinhar-se a valores, a causas que ressoam com a sua própria visão de mundo. Vi empresas que, ignorando essa tendência, perderam espaço para concorrentes mais engajados. É uma mudança impulsionada por gerações mais jovens, que cresceram com a internet e têm acesso instantâneo a informações sobre a ética, a pegada ambiental e o impacto social de cada marca. A reputação, que antes era construída em campanhas de marketing, agora é forjada na coerência entre o que se diz e o que se faz. E o que se faz precisa, acima de tudo, gerar impacto positivo real e mensurável. As empresas perceberam que o capital social é tão vital quanto o capital financeiro.
A Pressão Crescente por Transparência e Responsabilidade
Confesso que, por vezes, sinto uma pontinha de otimismo ao ver a evolução da responsabilidade corporativa. Antigamente, uma simples doação anual já era vista como um ato louvável de responsabilidade social. Hoje, o discurso e a prática são outros. A pressão pela transparência é palpável, vinda de todos os lados: acionistas, reguladores, colaboradores e, claro, a sociedade civil. Ninguém mais aceita “greenwashing” ou “social washing” – aquelas ações superficiais que visam apenas polir a imagem sem gerar mudança substancial. Querem dados, relatórios, provas. E, mais importante, querem saber como essas ações estão a gerar um impacto duradouro. Essa exigência não é um fardo, mas uma oportunidade de inovar, de repensar modelos de negócio e de criar valor partilhado. Lembro-me de participar num evento onde um grande fundo de investimento questionou uma empresa sobre a metodologia de medição do impacto de seus programas de diversidade e inclusão, algo impensável há poucos anos. Isso mostra o quão longe chegámos e o quão crucial é ter as ferramentas certas para responder a estas perguntas.
Desafios Reais na Jornada da Mensuração de Impacto Social
Por mais que a intenção de medir o impacto seja nobre, a prática, garanto-vos, é repleta de obstáculos. É como tentar pintar um quadro complexo com poucas cores e pincéis limitados. A beleza do impacto social reside na sua intrínseca complexidade e na sua natureza muitas vezes intangível. Como se mede a dignidade restaurada de uma pessoa? Ou a esperança acesa nos olhos de uma criança? São perguntas que me assombram e que, confesso, me levaram a muitas noites em claro a tentar desvendar. Além disso, a simples identificação do que é “impacto” já é uma jornada em si. Será que a diminuição da criminalidade numa área é resultado direto da nossa intervenção, ou há outros fatores em jogo? Estabelecer a causalidade é um dos maiores quebra-cabeças. E quando pensamos em dados, a situação complica-se ainda mais. Muitas vezes, as organizações sociais não têm os recursos, o conhecimento técnico ou a infraestrutura para recolher, processar e analisar grandes volumes de informação de forma sistemática e rigorosa. O desafio não é apenas “medir”, mas “medir bem”, de uma forma que seja credível, replicável e útil para a tomada de decisões.
Definindo o Que Realmente Importa: A Complexidade dos Indicadores
Ah, os indicadores! Parece algo simples à primeira vista, não é? Basta escolher o que medir. Mas na minha experiência, esta é uma das etapas mais traiçoeiras. O que realmente define o sucesso de um programa social? O número de pessoas atendidas? As horas de formação oferecidas? Ou a mudança de comportamento a longo prazo? Vi muitos projetos a falhar por focarem em indicadores de atividade, e não de resultado. Por exemplo, uma iniciativa para combater a evasão escolar pode contar o número de alunos que participaram em atividades extracurriculares. Mas o verdadeiro impacto é a redução da taxa de abandono escolar e a melhoria do desempenho acadêmico desses alunos anos depois. A diferença é subtil, mas monumental. A grande questão é: estamos a medir o que é fácil de medir, ou o que é verdadeiramente transformador? Isso exige uma reflexão profunda e, por vezes, dolorosa, sobre a nossa teoria da mudança. E acreditem, definir isso de forma clara e objetiva, envolvendo todas as partes interessadas, desde os beneficiários até aos doadores, é um exercício de paciência e diplomacia.
A Armadilha dos Dados: Coleta, Análise e a Arte de Contar a História Certa
Depois de definirmos o que medir, vem a parte da “mão na massa”: a coleta dos dados. E aqui, o caminho pode ser bastante espinhoso. Como garantir que os dados recolhidos são fiáveis, precisos e representativos? Muitas organizações ainda dependem de questionários em papel ou de planilhas desorganizadas, o que, além de moroso, é propenso a erros. E, honestamente, nem sempre as pessoas têm o tempo ou a paciência para responder a perguntas exaustivas. Lembro-me de uma vez, numa comunidade rural, em que tentar aplicar um questionário formal era quase uma ofensa à dinâmica local. Tivemos de adaptar a abordagem, usando conversas informais e observação participante. A análise desses dados é outra montanha a escalar. Não basta ter números; é preciso interpretá-los, identificar tendências, correlacionar informações e, por fim, transformar tudo isso numa narrativa coerente e convincente. O maior erro é focar apenas nos números e esquecer que por trás de cada dado há uma vida, uma história. A arte de contar essa história, de forma que o impacto seja compreendido e sentido por quem ouve, é tão crucial quanto a própria coleta e análise.
Ferramentas e Métodos que Transformam Boas Intenções em Resultados Tangíveis
Quando comecei a mergulhar no universo da medição de impacto, senti-me um pouco como Alice no País das Maravilhas, rodeada de termos e metodologias que pareciam complexas e inatingíveis. Mas, com o tempo, percebi que são apenas diferentes lentes pelas quais podemos observar e compreender a mudança. Não existe uma solução única e mágica; a chave está em escolher a ferramenta certa para o problema certo. A minha experiência pessoal demonstrou-me que a familiaridade com estas abordagens não só desmistifica o processo, como nos empodera a fazer escolhas mais assertivas. Seja para um pequeno projeto local ou uma iniciativa de grande escala, existem frameworks que nos guiam, desde a conceptualização do impacto até à sua avaliação e comunicação. O importante é entender que estas ferramentas são aliadas, e não obstáculos. Elas servem para nos ajudar a organizar o pensamento, a planear melhor e a ser mais eficazes naquilo que fazemos.
Do SROI ao Teoria da Mudança: Navegando Pelas Metodologias Chave
Duas das metodologias que mais me marcaram pela sua capacidade de organização do pensamento são o Social Return on Investment (SROI) e a Teoria da Mudança. O SROI, confesso, ao princípio parecia-me um bicho de sete cabeças, com a sua abordagem de monetização de resultados sociais. Mas, ao aplicá-lo em alguns estudos de caso, percebi o seu poder para comunicar o valor social de um projeto em termos financeiros, o que é incrivelmente útil para investidores. Ele força-nos a pensar nos outcomes e impacts de forma rigorosa. Já a Teoria da Mudança, para mim, é a espinha dorsal de qualquer intervenção social bem-sucedida. Lembro-me de passar dias a diagramar os caminhos lógicos entre as atividades que propúnhamos e o impacto a longo prazo que desejávamos alcançar. É um processo iterativo, que nos obriga a questionar as nossas premissas, a identificar os elos fracos e a construir uma lógica causal sólida. Para além destas, existem outras abordagens como a avaliação de impacto experimental (RCTs), que embora mais dispendiosas, oferecem evidências robustas de causalidade, e métodos mais qualitativos, como estudos de caso e entrevistas aprofundadas, que capturam a riqueza das experiências humanas. A escolha, como sempre, depende do contexto, dos recursos e do tipo de impacto que se pretende medir.
A Importância Crucial da Avaliação Contínua e Adaptativa
Uma lição que aprendi, por vezes da forma mais difícil, é que a medição de impacto não é um evento único, mas um processo contínuo. Não basta medir no início e no fim do projeto; é preciso monitorizar, avaliar e adaptar-se em tempo real. Lembro-me de um projeto em que só fomos perceber, tarde demais, que uma das nossas intervenções não estava a ter o efeito desejado, porque a avaliação era feita apenas a cada seis meses. Se tivéssemos tido um sistema de monitorização mais ágil, poderíamos ter corrigido o rumo muito antes, poupando tempo e recursos preciosos. A avaliação adaptativa, que incorpora ciclos de feedback e aprendizagem, é fundamental. Isso significa estar aberto a mudar o plano, a testar novas abordagens e a aprender com os erros. É uma mentalidade de experimentação e melhoria contínua, que coloca a aprendizagem no centro da ação. E, claro, a tecnologia desempenha um papel crescente neste cenário, permitindo a coleta de dados em tempo real, a análise automatizada e a visualização intuitiva das informações. Não podemos ter medo de reavaliar, de questionar as nossas próprias ideias e de adaptar-nos ao que os dados nos dizem.
Aspecto | Medição Qualitativa | Medição Quantitativa |
---|---|---|
Propósito Principal | Compreender experiências, perceções e significados; explorar a “porquê” e o “como” do impacto. | Quantificar mudanças, identificar tendências e medir a magnitude do impacto em números. |
Métodos Comuns | Entrevistas aprofundadas, grupos focais, estudos de caso, observação participante, histórias de vida. | Pesquisas com grande número de respondentes, análise estatística de dados numéricos, indicadores de desempenho, métricas financeiras. |
Tipos de Dados | Narrativas, transcrições de entrevistas, notas de campo, documentos, imagens. | Números, percentagens, médias, taxas, frequência de ocorrência. |
Vantagens | Rica em detalhes, captura nuances e complexidades, fornece insights profundos, permite descobertas inesperadas. | Fornece dados mensuráveis e comparáveis, permite generalizações, é eficaz para grandes amostras, oferece resultados objetivos. |
Desvantagens | Dificuldade de generalização, resultados subjetivos, consome tempo na coleta e análise, pode ser influenciada pelo pesquisador. | Pode ignorar o contexto e a experiência individual, superficialidade dos dados em profundidade, exigência de amostras representativas. |
Melhor Uso | Quando se busca entender as razões por trás de um impacto, explorar novas áreas, compreender perspetivas individuais. | Quando se precisa demonstrar a escala do impacto, comparar resultados entre grupos ou ao longo do tempo, justificar investimentos. |
O Papel do Impact Investing na Impulsionamento da Mensuração
O conceito de ‘impact investing’ tem sido, para mim, um dos motores mais poderosos para a profissionalização da medição de impacto. Lembro-me de quando este termo começou a ganhar força; havia um certo ceticismo, uma ideia de que era apenas mais uma moda passageira. Mas, na verdade, ele veio para ficar e, mais do que isso, para transformar a forma como o capital é alocado. O que eu vi acontecer é que investidores, tanto institucionais quanto individuais, não se contentam mais apenas com o retorno financeiro. Eles querem que o seu dinheiro trabalhe duplamente: gerando lucro e, ao mesmo tempo, um impacto social ou ambiental positivo e mensurável. Essa exigência é um divisor de águas. Não é uma questão de caridade, mas de um novo paradigma de investimento, onde o risco e o retorno são avaliados em conjunto com a contribuição para um mundo melhor. E, claro, para provar esse retorno duplo, a medição de impacto deixa de ser um “extra” simpático para se tornar um requisito fundamental. Vi organizações que, antes hesitantes em investir em sistemas de medição, foram praticamente forçadas a fazê-lo para atrair e reter este tipo de capital.
Investidores Que Exigem Mais do Que Lucro: O Novo Cenário Financeiro
Tenho participado em inúmeros fóruns e conversas com investidores que, abertamente, afirmam que o ESG (Environmental, Social, and Governance) não é apenas uma questão de conformidade, mas de valor. Eles percebem que empresas e projetos com forte desempenho ESG tendem a ser mais resilientes, inovadores e, a longo prazo, mais lucrativos. O que mais me impressiona é a sofisticação com que eles agora abordam o tema do impacto. Não basta uma declaração de boas intenções; eles querem ver métricas, relatórios de impacto auditados e, em muitos casos, estão dispostos a co-criar os indicadores de impacto para garantir o alinhamento com os seus próprios objetivos. Lembro-me de um encontro com um gestor de fundos de pensões que explicou como os seus beneficiários, a nova geração de trabalhadores, exigiam saber que as suas poupanças estavam a ser investidas de forma responsável. Essa pressão “de baixo para cima” é muito poderosa. Eles não só perguntam “quanto dinheiro vamos ganhar?”, mas também “que tipo de mundo estamos a construir com este investimento?”. É um cenário financeiro em constante evolução, e quem não se adaptar, ficará para trás.
Como a Exigência de ROI Social Modela Nossos Projetos
A chegada do ‘impact investing’ obrigou-nos a todos, de ONGs a empresas sociais, a repensar a nossa abordagem ao planeamento e execução de projetos. Antes, o foco principal era a execução das atividades e a gestão orçamental. Agora, a pergunta central é: “qual o Retorno Social do Investimento (SROI) que estamos a gerar?”. Isso força uma disciplina incrível. Desde o primeiro dia de conceptualização de um projeto, somos desafiados a pensar nos resultados esperados, nos indicadores de impacto e nas metodologias de medição. É uma mudança de mentalidade, de um foco na atividade para um foco no resultado. Lembro-me de ter que reescrever propostas de projeto inteiras para incluir secções robustas de medição de impacto, algo que antes era apenas uma nota de rodapé. E não é apenas uma formalidade para agradar investidores; essa exigência força-nos a ser mais estratégicos, a desenhar intervenções mais eficazes e a otimizar os nossos recursos. O medo de não conseguir provar o impacto pode ser um incentivo poderoso para melhorar continuamente a nossa performance social. No fundo, é uma oportunidade para nos tornarmos mais profissionais e, por consequência, mais impactantes.
O Futuro é Agora: Construindo Capacidade em Medição de Impacto
Se há algo que aprendi nesta jornada é que o futuro da sustentabilidade e da responsabilidade social passa inevitavelmente pela capacidade de medir o impacto. Não é uma moda passageira, é uma exigência estrutural do mercado e da sociedade. O que me deixa entusiasmado é ver como a tecnologia e o conhecimento estão a convergir para tornar esta tarefa, antes assustadora, mais acessível e precisa. No entanto, ter as ferramentas não é suficiente. É preciso que as pessoas e as organizações estejam preparadas para as usar. A construção de capacidade não é apenas sobre treinar para usar uma metodologia específica, mas sobre desenvolver uma cultura de avaliação e aprendizagem contínua. É preciso que a medição de impacto seja vista como parte integrante da estratégia, e não como um fardo burocrático. Acredito firmemente que as organizações que investirem no desenvolvimento destas competências serão as que prosperarão e farão a diferença no longo prazo. É um investimento, não um custo, no nosso próprio futuro e no futuro do planeta.
Capacitação e Cultura Organizacional: Os Pilares para o Sucesso
A minha experiência tem-me mostrado que a maior barreira para uma medição de impacto eficaz não é a falta de ferramentas, mas a ausência de uma cultura organizacional que valorize e promova a avaliação. Quantas vezes não vi excelentes metodologias a serem abandonadas porque a equipa não estava capacitada ou porque a liderança não via o valor? É frustrante. Por isso, insisto sempre: o investimento em capacitação é fundamental. Não se trata apenas de formar um especialista em medição de impacto, mas de incutir essa mentalidade em todos os níveis da organização. Desde o colaborador que está na linha da frente, recolhendo os dados, até ao CEO que precisa de interpretar os resultados para a sua estratégia. Acredito que a medição de impacto deve ser uma responsabilidade partilhada, um compromisso coletivo. Isso exige programas de formação contínuos, partilha de conhecimento e, mais importante, lideranças que sejam os primeiros a abraçar essa cultura. Sem uma cultura de aprendizagem e responsabilidade, qualquer tentativa de medir o impacto será apenas um exercício de fachada, e a última coisa que queremos é um impacto simulado, não é?
Tecnologia e Inovação a Serviço da Transparência do Impacto
Confesso que sou um entusiasta da forma como a tecnologia está a revolucionar a medição de impacto. Lembro-me de quando a recolha de dados era um processo manual, demorado e propenso a erros. Hoje, com a proliferação de plataformas digitais, aplicativos móveis e ferramentas de análise de dados, tornou-se exponencialmente mais fácil e eficiente. Vi como sistemas de gestão de impacto baseados em nuvem permitiram a organizações com equipas distribuídas em diferentes países monitorizar os seus projetos em tempo real, partilhar informações e gerar relatórios com um clique. A inteligência artificial, embora ainda em fase inicial para este fim, promete revolucionar a análise de dados complexos, identificando padrões e correlações que seriam impercetíveis ao olho humano. No entanto, é importante lembrar que a tecnologia é uma ferramenta, não a solução. Ela amplifica a nossa capacidade, mas a inteligência por trás dos dados, a interpretação humana e a ética na sua utilização, continuam a ser primordiais. O que mais me fascina é o potencial da tecnologia para trazer uma transparência sem precedentes, permitindo que qualquer pessoa, em qualquer lugar, possa ver o impacto real gerado por uma empresa ou projeto social. E, para mim, isso é a verdadeira democratização do impacto.
A Conclusão da Nossa Jornada
Na minha jornada, o que ficou claro é que medir o impacto social não é apenas uma obrigação, mas uma oportunidade transformadora. É o caminho para provar que nossas ações geram valor real e duradouro.
Não se trata apenas de números, mas de humanizar o propósito e inspirar a confiança de todos os stakeholders, desde investidores até à comunidade. Abraçar essa disciplina significa construir um futuro mais transparente, responsável e, acima de tudo, eficaz, onde cada esforço conta e cada resultado é visível.
É um investimento no amanhã que queremos criar.
Informações Úteis a Reter
1.
A Teoria da Mudança e o SROI (Retorno Social do Investimento) são metodologias essenciais para estruturar o seu pensamento e quantificar o valor gerado.
2.
O ‘Impact Investing’ e os critérios ESG estão a remodelar o cenário financeiro, exigindo que as organizações demonstrem um impacto social e ambiental mensurável para atrair capital.
3.
A avaliação de impacto deve ser um processo contínuo e adaptativo, permitindo correções de rota e aprendizagem em tempo real.
4.
A tecnologia, como plataformas digitais e IA, desempenha um papel crucial ao facilitar a coleta, análise e comunicação de dados de impacto, aumentando a transparência.
5.
Investir na capacitação da equipa e fomentar uma cultura organizacional de avaliação são pilares fundamentais para o sucesso a longo prazo na medição de impacto.
Resumo dos Pontos Chave
A medição de impacto social é indispensável na era atual, impulsionada pela crescente demanda por transparência, responsabilidade e o advento do ‘impact investing’. Embora desafiadora, com a complexidade de definir indicadores e coletar dados, existem metodologias robustas como o SROI e a Teoria da Mudança que auxiliam a transformar boas intenções em resultados tangíveis. A adoção de tecnologia, a capacitação das equipas e o fomento de uma cultura de avaliação contínua são cruciais para que as organizações possam não só provar o seu valor, mas também otimizar as suas intervenções e garantir um futuro mais sustentável e impactante.
Perguntas Frequentes (FAQ) 📖
P: Por que é tão desafiador medir o impacto social de nossas ações, e por que essa medição se tornou tão crucial nos dias de hoje?
R: Olha, essa é a pergunta de um milhão de euros, não é? Pelo menos para mim, sempre foi um nó na garganta. Quando comecei, achava que bastava ter boa intenção.
Mas medir o impacto é complexo porque estamos falando de pessoas, de mudanças de comportamento, de melhorias na vida real – coisas que não são tão fáceis de quantificar como vendas ou lucros.
É como tentar medir o calor de um abraço. O que mudou? A pressão!
Hoje, com o ESG e o ‘impact investing’ em alta, ninguém mais quer só ouvir que ‘fizemos o bem’. Investidores, consumidores, até os próprios funcionários, querem ver os números, a prova concreta.
É como se, de repente, todo mundo acordasse para a responsabilidade social, e com isso, veio a necessidade de mostrar, de fato, o que se está a construir.
P: Qual é a ligação entre os critérios ESG e o ‘impact investing’ com a necessidade de provar um impacto social positivo?
R: Essa conexão, para mim, foi um divisor de águas. Antes, ESG e impacto eram meio que “assuntos para especialistas”, algo a ser feito por obrigação, mas hoje…
é a base de tudo. Os critérios ESG – Ambiental, Social e Governança – surgiram como uma forma de as empresas mostrarem que não estão apenas focadas no lucro.
É sobre como elas cuidam do planeta (E), das pessoas (S) e de como são geridas (G). E o ‘S’ de Social, esse é onde o bicho pega mais forte para a medição do impacto.
Já o ‘impact investing’ é sobre investir com a intenção clara de gerar, além do retorno financeiro, um impacto social ou ambiental positivo e mensurável.
Não é caridade; é investimento que busca transformação. Então, a ligação é direta: para atender aos critérios sociais do ESG e para ser um destino atrativo para o ‘impact investing’, uma organização não pode simplesmente dizer que faz o bem.
Ela precisa mostrar, com dados e indicadores, que está a mover a agulha na direção certa. É a credibilidade que está em jogo, e sem isso, meu amigo, é difícil conseguir apoio e financiamento hoje em dia.
P: Como podemos nos preparar e adquirir as ferramentas necessárias para medir e comunicar o impacto social de forma eficaz neste novo cenário?
R: Ah, essa é a parte mais empolgante, na minha opinião! Lembro-me de me sentir completamente perdido no início, com mil e uma dúvidas, mas com dedicação, a gente aprende.
Primeiro, diria que é fundamental entender as metodologias existentes. Não precisamos inventar a roda! Há frameworks como o SROI (Social Return on Investment), os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU) e outras métricas que nos dão um norte.
Estudar casos de sucesso – ver como outras ONGs ou empresas, por exemplo, aqui em Portugal, no Brasil ou noutros países de língua portuguesa, estão a fazer isso – é super útil e inspira bastante.
Além disso, desenvolver um pensamento analítico e crítico é crucial. Não é só coletar dados, é saber interpretá-los e contá-los numa história convincente.
Por exemplo, saber usar ferramentas de planilhas ou, para quem quer ir mais fundo, softwares específicos de gestão de impacto. E claro, a comunicação!
De que adianta ter dados incríveis se ninguém os entende, ou se não conseguimos passar a mensagem de forma clara e inspiradora? O mais importante, para mim, é a mudança de mindset: sair do ‘fazemos o bem’ e ir para o ‘provamos que fazemos o bem’.
É um campo em constante evolução, então a vontade de aprender e de se adaptar é a nossa maior ferramenta.
📚 Referências
Wikipedia Encyclopedia
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